terça-feira, 31 de março de 2009

O DESCASO COM A CULTURA

É triste viver num país que não valoriza a cultura. Melhor. É triste viver num país que só valoriza alguns tipos de cultura, apenas a cultura de massa, a cultura do povão. Axé, funk, futebol e cachaça. Falta incentivo à cultura que leve mais informação e que faça o povo parar para pensar e adquirir um pouco mais de crítica do mundo.

Essa semana surgiu um ótimo debate sobre incentivo à cultura na comunidade de Volta Redonda, no Orkut. Porém, infelizmente, o que se discutia não era a quantidade e a qualidade dos projetos culturais existentes na minha cidade e sim o total descaso com que a Secretaria Municipal de Cultura de Volta Redonda trata os artistas que aqui vivem. Não é de hoje que ouço falar mal do secretário de cultura municipal, que está no cargo há mais de uma década simplesmente porque é amigo do prefeito que, diga-se de passagem, governa o município há 12 anos. Absurdo!

O descaso é tamanho a ponto da SMC-VR suspender a "Lei de Incentivo à Cultura" do município, que beneficiaria 30 projetos culturais de música, teatro, literatura, artes plásticas e outras em aproximadamente 500 mil reais sem dar qualquer satisfação às pessoas que batalham para movimentar o cenário cultural de Volta Redonda. É um absurdo que uma cidade com mais de 300 mil habitantes tenha seu foco cultural numa modesta galeria de arte e numa festa de peão. Queremos mais. Queremos peças de teatro de qualidade, músicos se apresentando para o público e escritores publicando suas histórias para o país inteiro.

Se não valorizamos os artistas locais fica difícil construir uma identidade regional, botando em risco o futuro cultural do nosso país.

2 comentários:

Bárbara Chantal disse...

Alem do descaso total, em relação aos nossos artitas e novos projetos, a cultura de Volta Redonda esta sendo destruida.
Ngm percebeu, mas esta sim, só vou citar uma coisa... o que foi a tal padronização das barraquinhas da Feira da Primavera?
Eu achava o máximo elas todas caracterizadas.
Não sei se isso pode se considerar uma memória cultural, mas a forma que tudo visa o lucro, transformando uma festa tradicional num padrão, é triste.
Se falei besteira, mas é isso ae mesmo.

Tamirys Barboza disse...

"É um absurdo que uma cidade com mais de 300 mil habitantes tenha seu foco cultural numa modesta galeria de arte e numa festa de peão."
hahahaha é pra rir mesmo, não é?
o que eu vejo e me orgulho são pessoas tendo iniciativas próprias e organizando seus próprios eventos aqui na cidade, porque esperar por algum apoio pode cansar qualquer um.
Valeu pelo comentário no meu blog, colega de profissão! =)