domingo, 18 de outubro de 2009

COMO A INDÚSTRIA DO CIGARRO ENGANOU VOCÊ

Um bebê ilustrando a propaganda de uma marca de cigarro parece completamente absurdo nos dias de hoje, mas saiba que há menos de cem anos, mais precisamente entre as décadas de 20 e 50, isso era perfeitamente normal.

Naquela época, valia de tudo para esconder os reais efeitos do tabaco à saúde, até mesmo mentir. Para isso, a indústria do cigarro utilizava atores de Hollywood, pessoas da elite, Papai Noel e até médicos e dentistas como garotos-propaganda, o que chega a soar ridículo hoje em dia.

Esse é o tema da exposição "Propagandas de Cigarro - Como a Indústria do Fumo Enganou Você", em exposição no Brasil entre os dias 15 e 26 de outubro, na Livraria Cultura, em São Paulo. A amostra reune vários anúncios publicitários da época que tentavam convencer o consumidor dos "benefícios" do tabaco. Alguns comerciais chegavam a mencionar pesquisas pseudocientíficas para comprovar que a marca não deixava gosto ruim na boca.


Esqueça o fluor, legal é o tabaco.

Com a autorregulamentação da propaganda, anúncios como esses nunca existiriam no final do século XX e início do XXI, mas a indústria do cigarro continua sorrateira, fazendo o que lhe é possível para envolver você num caminho rumo ao câncer.

Quanto tempo até termos uma exposição como essa nos alertando da forma como a indústria de bebidas alcoólicas tentava nos convencer de que ficar bêbado é legal e bem visto pela sociedade?

3 comentários:

Kérow More Ice disse...

"Quanto tempo até termos uma exposição como essa nos alertando da forma como a indústria de bebidas alcoólicas tentava nos convencer de que ficar bêbado é legal e bem visto pela sociedade?" [2]

CS Empreendimentos Digitais disse...

Acho que naquele tempo nem se fazia ideia do tamanho do estrago causado pelo fumo...
Já vi umas propagandas antigas de remédio em que se usava cocaína, maconha e morfina na composição e eles anunciavam essas substâncias como se fossem valiosas!

Giovana disse...

O exercício de olhar pra traz nos prova como evoluímos. Precisamos de mais, claro, mas já andamos muito chão. Amém.