quarta-feira, 18 de novembro de 2009

INGENUIDADE OU BURRICE COLETIVA?

Difícil de acreditar, mas os postos ESSO soltaram uma nota na mídia explicando aos seus consumidores que o ator Márcio Garcia não entrará no seu carro cada vez que você abastecer com o etanol do posto. 

Sério mesmo que as pessoas ainda hoje levam as propagandas tão ao pé da letra assim?



É, eu também não acreditaria na autenticidade da informação se não tivesse visto as fotos da tarde de autógrafo do ator e de uma consumidora com a nota de esclarecimento nas mãos.


terça-feira, 17 de novembro de 2009

GIRAFFAS FAIL

Este final de semana tive mais uma grande prova de que a propaganda realmente não é a alma do negócio. Ganhei um voucher da Mastercard que me daria compras em dobro no restaurante Giraffas, ou seja, compraria uma refeição e ganharia outra. Diante disso, decidi convidar minha namorada para comermos no local e, de quebra, darmos uma chance ao fast-food das simpáticas girafinhas que tanto gostamos de ver na televisão.


Peguei e não gostei.

Apesar de adorar os comerciais do Giraffas, nunca tive grandes expectativas em relação à marca. Passava quase todos os finais de semana em frente ao restaurante e, francamente, mal notava sua existência. Foi necessária uma parceria entre o Giraffas e a Mastercard para que eu, enfim, desse uma chance a eles, o que prova a eficiencia da parceria entre as duas empresas.

Fato é que nem todo o meu carinho pela mascote da marca e minha baixa expectativa em relação ao cardápio foram suficientes para que o Giraffas me conquistasse como cliente, aliás, posso dizer tranquilamente que jamais comeria lá novamente. Primeiro porque a comida é insonsa, segundo porque é demorado, terceiro porque a higiene do restaurante de Volta Redonda é muito questionável e quarto porque o preço é alto e não compensa o serviço prestado, chegando a ser maior do que o do Spoletto, por exemplo.

Apesar de ter tido uma péssima experiência de consumo no restaurante, sigo adorando os comerciais e achando as girafinhas engraçadas e inteligentes, porém, dificilmente voltarei ao estabelecimento novamente. É praticamente uma relação de amor e ódio com a marca.

Creio que este seja um bom exemplo do quanto depositar todas as fichas apenas na propaganda possa arruinar uma empresa, mas também que ela não seja ingênua o suficiente ao ponto de viver sem.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

PROPAGANDA A SERVIÇO DO PLANETA

Uma boa ideia vende qualquer coisa, de relógio a salgadinho. Melhor ainda quando boas ideias são usadas para conscientizar as pessoas da importância de se preservar o planeta para as futuras gerações, e nesse ramo ninguém faz isso melhor do que a WWF.

Essa semana recebi um e-mail com algumas propagandas e ações de marketing visando a conscientização ambiental e as que mais me chamaram a atenção foram justamente as produzidas por esta ONG. Dá uma olhada.


A medida que o papel acaba, o verde da América Latina desaparece.

Essa ideia é tão simples e tão boa que acaba passando por nossas cabeças o porquê de não termos pensado nisso antes, mas ainda bem que alguém pensou e colocou em prática.

O próximo é tão genial quanto, porém, bem mais complexo de ser realizado. O outdoor da WWF alerta para o risco que o aquecimento global representa ao elevar o nível dos oceanos através da sombra projetada no cartaz.


 Esse anúncio utiliza o movimento da sombra no cartaz para demonstrar como o aquecimento global levará ao aumento do nível dos oceanos.

O próximo anúncio, produzido pela divisão indiana da ONG, mostra que existe muito mais seres vivos sofrendo com a indústria da moda do que aqueles que estão alguns quilos acima do peso. A verdade é que perto do sofrimento desses animais, o seu nem parece tão sofrido assim, não é mesmo?

  
A moda faz mais vítimas do que você pensa.

 Depois de ações conscientizadoras tão bem feitas como essas, você não tem mais desculpas para continuar tendo uma vida ambientalmente irresponsável. Preserve, reduza e recicle!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

MODA E OBESIDADE

Vou inicar este post com uma pergunta para a qual, provavelmente, já sei a resposta: você está feliz com o seu corpo? Você se olha no espelho e se sente plenamente satisfeito com aquilo que vê? Independente de você ser homem ou mulher, a probabilidade da resposta ser NÃO é enorme.

A obesidade cresce a olhos vistos na sociedade moderna ao ponto de, no Brasil, já ter ultrapassado o número de desnutridos. É surpreendente que num país onde existem milhares de pessoas abaixo da linha da pobreza, a obesidade tenha se tornado problema de saúde pública.

Uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2003 mostrou que 39,2% das mulheres acima de 20 anos estáva com excesso de peso e 41% dos homens também. Isso é quase a metade da população brasileira.

Pois então se eu, você e todos nós estamos completamente insatisfeitos com a nossa aparência, por que a indústria da moda insiste em enfiar em nossa guela abaixo modelos magrelas e com aparência doentia? E mais do que isso, por que ela ignora completamente uma enorme parcela da população e cria roupas com tamanhos tão pequenos e padronizados quando a diversidade é a marca predominante do nosso povo?



Foi pensando nisso que meu grupo de conclusão da pós-graduação resolveu fazer o plano de marketing para o lançamento de uma grife especializada em tamanhos extras. O projeto ainda está no início, por isso, se você também se sente excluído pelo mundo da moda, por favor, responda este questionário, vai ajudar bastante: http://bit.ly/2F5M8s

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

BRILHA MUITO NA IESB

A polêmica publicitária do momento atende pelo nome de IESB - Instituto de Educação Superior de Brasilia. Tudo porque o centro educacional veiculou no Programa Pânico na TV do dia 11 de outubro um comercial utilizando o humorista Alfinete e o nada convencional Zina como garotos-propaganda.

O comercial insinua que se você não tem a mesma sorte do Zina, que era considerado um perdedor e de repente ganhou fama na televisão e talvez um pouco de dinheiro, deve estudar na IESB para vencer na vida.

 
Quem nomeou o video também deve ter estudado na IESB. 

Se a intenção da IESB era gerar um viral na internet, parabéns, conseguiu. Mas até que ponto vale a pena fazer marketing a qualquer custo? Relacionar o nome de um centro educacional com o de uma pessoa sem o menor talento ou capacidade intelectual não me parece uma boa ideia, mesmo que essa personalidade tenha a simpatia do público. Valorizar a burrice nunca é bom, principalmente quando vem de uma instituição que deveria zelar pela educação e pela formação intelectual do indivíduo.

Usar a filosofia do falem mal, mas falem de mim definitivamente não é uma boa estrategia comercial. É melhor ouvir um comentário positivo sobre sua marca do que 11 negativos.

Quanto ao pobre do Zina, que caiu de paraquedas nessa história toda, nada contra, talvez ele não tenha culpa do que se tornou, é apenas um triste reflexo da fraca e mal cuidada educação que o governo brasileiro dispensou aos seus cidadãos durante todos esses anos.

domingo, 18 de outubro de 2009

COMO A INDÚSTRIA DO CIGARRO ENGANOU VOCÊ

Um bebê ilustrando a propaganda de uma marca de cigarro parece completamente absurdo nos dias de hoje, mas saiba que há menos de cem anos, mais precisamente entre as décadas de 20 e 50, isso era perfeitamente normal.

Naquela época, valia de tudo para esconder os reais efeitos do tabaco à saúde, até mesmo mentir. Para isso, a indústria do cigarro utilizava atores de Hollywood, pessoas da elite, Papai Noel e até médicos e dentistas como garotos-propaganda, o que chega a soar ridículo hoje em dia.

Esse é o tema da exposição "Propagandas de Cigarro - Como a Indústria do Fumo Enganou Você", em exposição no Brasil entre os dias 15 e 26 de outubro, na Livraria Cultura, em São Paulo. A amostra reune vários anúncios publicitários da época que tentavam convencer o consumidor dos "benefícios" do tabaco. Alguns comerciais chegavam a mencionar pesquisas pseudocientíficas para comprovar que a marca não deixava gosto ruim na boca.


Esqueça o fluor, legal é o tabaco.

Com a autorregulamentação da propaganda, anúncios como esses nunca existiriam no final do século XX e início do XXI, mas a indústria do cigarro continua sorrateira, fazendo o que lhe é possível para envolver você num caminho rumo ao câncer.

Quanto tempo até termos uma exposição como essa nos alertando da forma como a indústria de bebidas alcoólicas tentava nos convencer de que ficar bêbado é legal e bem visto pela sociedade?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

HORA DO HORROR

O parque de diversões Hopi Hari realiza até o dia 18 de outubro de 2009 o evento Hora do Horror, quando estranhas criaturas circenses fogem do circo dos horrores para assustar os visitantes do local. Palhaços bizarros, bichos marinhos deformados, bruxas e feiticeiras se espalham pelo parque assustando os que se deixam levar pela brincadeira, mas a verdade é que o  horror começa bem antes dos monstros serem soltos, às 18 horas.


 Foi você que me chamou de palhaço?

No último dia nove estive no parque e confeso que se tivesse sido minha primeira vez não teria voltado nunca mais, tamanha a desordem, a começar pela extrema falta de segurança notada ao entrar no parque. Fui barrado pelo detector de metais e o "segurança" se dignou a aceitar que o motivo do aparelho ter apitado foi minha máquina digital. Ou eu tenho muita cara de bonzinho ou aqueles seguranças estavam realmente com muita preguiça de olhar minha mochila. Qualquer um poderia ter entrado facilmente ali com uma arma de fogo.

Eu talvez tivesse esquecido essa falha da segurança se não fosse obrigado a fazer o papel deles o dia inteiro, me indignando, reclamando e brigando com as pessoas sem educação que furavam fila na cara dura enquanto os profissionais pagos para cuidar das filas olhavam o tempo passar. Não houve uma fila de brinquedo em que eu e meus amigos não tivessemos que brigar e muito para não sermos passados para trás. No final do dia o cansaço mental foi muito maior do que o cansaço físico.

 
Você não fura fila? Então o palhaço é você!

Mais assustador que a falta de organização do parque e os esforçados monstros da Hora do Horror foi a quantidade de adolescentes esquisitos e andrógenos espalhados pelo parque. Os meninos pareciam meninas e as meninas pareciam nem sei o quê. Difícil achar um termo que defina a bizarrice que é essa juventude vestida de From Hell Uk. Isso sem mencionar o cheiro de maconha espalhado pelo parque e até as ameaças que presenciamos serem feitas nas filas para os brinquedos. Mais uma vez se não tivessemos feito o papel dos seguranças, algo bem ruim poderia ter acontecido.

Apesar de todo estresse nem tudo foi lágrima, já que a diversão da  Montezum ao contrário e o Ekatomb proporcionaram momentos de alegria. Porém, é preciso que o Hopi Hari reveja urgentemente seus conceitos administrativos se quiser continuar arrastando multidões até o parque.