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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

BRILHA MUITO NA IESB

A polêmica publicitária do momento atende pelo nome de IESB - Instituto de Educação Superior de Brasilia. Tudo porque o centro educacional veiculou no Programa Pânico na TV do dia 11 de outubro um comercial utilizando o humorista Alfinete e o nada convencional Zina como garotos-propaganda.

O comercial insinua que se você não tem a mesma sorte do Zina, que era considerado um perdedor e de repente ganhou fama na televisão e talvez um pouco de dinheiro, deve estudar na IESB para vencer na vida.

 
Quem nomeou o video também deve ter estudado na IESB. 

Se a intenção da IESB era gerar um viral na internet, parabéns, conseguiu. Mas até que ponto vale a pena fazer marketing a qualquer custo? Relacionar o nome de um centro educacional com o de uma pessoa sem o menor talento ou capacidade intelectual não me parece uma boa ideia, mesmo que essa personalidade tenha a simpatia do público. Valorizar a burrice nunca é bom, principalmente quando vem de uma instituição que deveria zelar pela educação e pela formação intelectual do indivíduo.

Usar a filosofia do falem mal, mas falem de mim definitivamente não é uma boa estrategia comercial. É melhor ouvir um comentário positivo sobre sua marca do que 11 negativos.

Quanto ao pobre do Zina, que caiu de paraquedas nessa história toda, nada contra, talvez ele não tenha culpa do que se tornou, é apenas um triste reflexo da fraca e mal cuidada educação que o governo brasileiro dispensou aos seus cidadãos durante todos esses anos.

domingo, 18 de outubro de 2009

COMO A INDÚSTRIA DO CIGARRO ENGANOU VOCÊ

Um bebê ilustrando a propaganda de uma marca de cigarro parece completamente absurdo nos dias de hoje, mas saiba que há menos de cem anos, mais precisamente entre as décadas de 20 e 50, isso era perfeitamente normal.

Naquela época, valia de tudo para esconder os reais efeitos do tabaco à saúde, até mesmo mentir. Para isso, a indústria do cigarro utilizava atores de Hollywood, pessoas da elite, Papai Noel e até médicos e dentistas como garotos-propaganda, o que chega a soar ridículo hoje em dia.

Esse é o tema da exposição "Propagandas de Cigarro - Como a Indústria do Fumo Enganou Você", em exposição no Brasil entre os dias 15 e 26 de outubro, na Livraria Cultura, em São Paulo. A amostra reune vários anúncios publicitários da época que tentavam convencer o consumidor dos "benefícios" do tabaco. Alguns comerciais chegavam a mencionar pesquisas pseudocientíficas para comprovar que a marca não deixava gosto ruim na boca.


Esqueça o fluor, legal é o tabaco.

Com a autorregulamentação da propaganda, anúncios como esses nunca existiriam no final do século XX e início do XXI, mas a indústria do cigarro continua sorrateira, fazendo o que lhe é possível para envolver você num caminho rumo ao câncer.

Quanto tempo até termos uma exposição como essa nos alertando da forma como a indústria de bebidas alcoólicas tentava nos convencer de que ficar bêbado é legal e bem visto pela sociedade?

terça-feira, 31 de março de 2009

O DESCASO COM A CULTURA

É triste viver num país que não valoriza a cultura. Melhor. É triste viver num país que só valoriza alguns tipos de cultura, apenas a cultura de massa, a cultura do povão. Axé, funk, futebol e cachaça. Falta incentivo à cultura que leve mais informação e que faça o povo parar para pensar e adquirir um pouco mais de crítica do mundo.

Essa semana surgiu um ótimo debate sobre incentivo à cultura na comunidade de Volta Redonda, no Orkut. Porém, infelizmente, o que se discutia não era a quantidade e a qualidade dos projetos culturais existentes na minha cidade e sim o total descaso com que a Secretaria Municipal de Cultura de Volta Redonda trata os artistas que aqui vivem. Não é de hoje que ouço falar mal do secretário de cultura municipal, que está no cargo há mais de uma década simplesmente porque é amigo do prefeito que, diga-se de passagem, governa o município há 12 anos. Absurdo!

O descaso é tamanho a ponto da SMC-VR suspender a "Lei de Incentivo à Cultura" do município, que beneficiaria 30 projetos culturais de música, teatro, literatura, artes plásticas e outras em aproximadamente 500 mil reais sem dar qualquer satisfação às pessoas que batalham para movimentar o cenário cultural de Volta Redonda. É um absurdo que uma cidade com mais de 300 mil habitantes tenha seu foco cultural numa modesta galeria de arte e numa festa de peão. Queremos mais. Queremos peças de teatro de qualidade, músicos se apresentando para o público e escritores publicando suas histórias para o país inteiro.

Se não valorizamos os artistas locais fica difícil construir uma identidade regional, botando em risco o futuro cultural do nosso país.